“A vida começa quando a violência acaba”
- Revista Viva Nova Lima
- há 2 dias
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A advogada criminalista Isabella Pedersoli, referência no enfrentamento à violência contra as mulheres, revela como transformou sua trajetória pessoal em compromisso com a defesa dos direitos femininos
O dia 25 de novembro marca o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, instituído pela ONU. A partir dessa data, tem início a campanha global 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que no Brasil se estende por 21 dias, mobilizando instituições e sociedade em torno do enfrentamento à violência de gênero.
Para a advogada criminalista Isabella Pedersoli, 33 anos, o feminicídio é o ponto máximo de uma cultura machista que lentamente mina a autonomia feminina. “São mulheres mortas única e exclusivamente por serem mulheres. Na maioria das vezes, dentro da própria casa, porque o agressor não aceita o fim do relacionamento ou a independência da parceira”.
Por isso, reforça, acompanhar os dados é essencial. “Os números nos permitem cobrar políticas públicas mais eficientes. Eles mostram a dimensão real da barbárie”. Apesar dos avanços legislativos, a advogada acredita que o enfrentamento definitivo depende de algo mais profundo: a transformação cultural. “Só vamos conseguir romper esse ciclo quando investirmos de verdade em uma educação que desconstrua papéis de gênero desde a infância.
À frente da Diretoria de Políticas para as Mulheres na Prefeitura de Belo Horizonte, ela coordena campanhas educativas e ações integradas contra o feminicídeo. “Capacitamos, fazemos rodas de conversa, treinamentos, palestras. Falamos com quem está na linha de frente e com quem vivencia a violência”, diz Isabella.
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